MCæleste Carloto
Aquela noite tinha sido difícil. Tivera que ficar na casa da mãe, porque seu apartamento estava fedendo à tinta. Calor, a zoeira dos mosquitos. Faltou energia! (apagão, etc). Insone por longas horas, finalmente cochilou.
E lá estavam aqueles grandes olhos avermelhados, que por tanto tempo temera. Estavam lá, esperando, na escuridão.
Olhar fixo, imobilidade, cruel, devassante. MEDO.
Acordou. Só um pesadelo, pensou. Mas não teve coragem de abrir os olhos... e se os outros estivessem ainda ali, a fixá-lo? Rolou na cama, prendeu-se nos lençóis amassados e úmidos, tentando adquirir coragem para levantar; era quase dia.
Bateram à porta, que se abriu; era a mãe que chamava para o café.
Abriu os olhos, e o tiranossauro ainda segurava a maçaneta, emoldurado pelo batente.
Desgraçada, descobriu tudo!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
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